HISTORIA DE SACO TORTO EM POEMA


                  A História de Saco Torto

Lugarzinho pequenino
Mais mim orgulho de falar
Pois é nele que moro
È o meu lar doce lar.

Cercado por plantações
Riachos e belezas
Assim é meu pequenino
O que não falta è natureza.

Era um dia de sábado
Quando tudo aconteceu
Um velho montado em um jegue
No povoado apareceu.

Mais uma coisa engraçada
Tinha naquele jumento
Sua carga vinha sempre torta
Aumentando seu sofrimento.

Oh! Velho desligado
Não tinha nada igual
Pois todos a ele avisava
Quem assim mataria o animal.



Mais ele não deu ligança
Apelidos ele ganhou
Lá vai o homem do saco torto
E o velho adorou.

Mais nem tudo que é bom
Dura para sempre
O velho adoeceu
Deixando triste muita gente.

A doença falou mais alto
E o velho não aguentou
Sabia que estava na hora
Pois nunca sentiu tamanha dor.

No dia seguinte
O sino bateu
Avisando a todos
Que o velho faleceu.

Após o funeral
Só a tristeza restou
De um homem tão humilde
Que pra história ficou.


As pessoas do povoado
Ao velho queria homenagear
O que antes era areal
Saco torto passou a se chamar.

Algumas décadas atrás
Uma coisa extraordinária aconteceu
Um barulho esquisito
 De um motor apareceu.

Era o primeiro carro
Visto no povoado
Que apareceu do nada
Deixando o povo admirado.

Saco torto também é terra
De cachaça e cachaceiros
Pois tinha um alambique
De seu Miguel Lima Alambiqueiro.

Terra rica para o cultivo
Do inhame e macaxeira
Da banana a mandioca
As laranjeiras e jaqueiras.



Dificilmente tinha sítio
Que não tinha cafezal
Limeiras e mamão
Mangueiras e mangabal.

pessoas trabalhadoras
Que dava duro para manter
O cultivo da malhada
Para o alimento colher.

A água nem se fala
Pois ninguém tinha ela
Precisavam todos pegar na fonte
Pra não morrer por falta dela.

Nos pastos criavam bois
Ovelha carneiro e bode
No sítio criava porco
Amarado pelo cangote.

Terminando o poema
Quero dinovo te falar
saco torto é onde moro
é o meu lar doce lar.

Autor: Rodrigo Henrique Nascimento de Carvalho.


















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