Você Costuma Proteger suas Informações em seu Computador ?
No tempo
em que portabilidade se transformou em sinônimo de praticidade no mundo da
informática, o uso dos computadores portáteis, os famosos laptops, ou notebooks,
como também são conhecidos, nunca foi tão difundido. Contudo, além do benefício
de poder fazer uso desses equipamentos em praticamente qualquer lugar, sua
popularização trouxe um problema: como manter seus dados, sejam eles pessoais
ou profissionais, seguros e livres de ameaças caso o seu computador seja
furtado, ou esquecido em algum lugar? O mesmo conceito serve para quando a sua
máquina precisa ir para a assistência técnica. Se o técnico não for de
confiança, como fazer para se proteger?
Todo e
qualquer material no computador, sejam fotos pessoais, vídeos, documentos
profissionais, que é tido como privado, é denominado pelos especialistas em
segurança digital como “conteúdo sensível”. Anderson Oliveira da Silva,
professor de Segurança da Informação do Departamento de Informática da
Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), enfatiza que é preciso se precaver,
preparando o seu computador, seja ele portátil, ou de mesa, mais conhecido como
desktop, para qualquer tipo de incidente nos quais os dados contidos
nele possam ficar vulneráveis.
“Mesmo
que haja uma senha em seu computador, se você perdeu seu laptop, ou se
ele foi roubado, por exemplo, nada impede que uma pessoa mal intencionada possa
retirar o disco rígido, no qual as informações estão contidas, e instalá-lo em
outro computador para ter acesso livre às suas pastas e arquivos. Para realmente
evitar que, nessas situações, seu conteúdo esteja à mostra, é preciso proteger
as suas informações com criptografia, ou seja, codificá-las com uma chave
secreta. Para isso, você pode configurar o sistema operacional para
criptografar a pasta que achar necessário. Dessa maneira, mesmo que uma pessoa
tenha acesso ao seu disco rígido instalado em outra máquina, não consegue
acessar suas informações”, lembra o professor.
O mesmo
serve para dispositivos de armazenamento móveis, como HDs externos, cartões de
memória, DVDs, CDs e pendrives, explica o Anderson. Nesses casos, ele destaca
que é possível manter dentro dessas mídias e equipamentos o arquivo de
instalação de um programa que possa decodificar as pastas criptografadas. Sendo
assim, caso você insira o pendrive em algum outro computador que não seja o
seu, é só rodar o programa, inserir a chave de criptografia, definida pelo
usuário, e ter acesso aos seus dados.
Anderson
cita como outra atitude importante não utilizar o computador com o perfil
administrativo, que permite seu manuseio e configuração total, pois, em casos
de uso por outro usuário, este terá acesso total para configurar e instalar
aplicativos maliciosos, até mesmo de forma remota. “Hoje, os sistemas
operacionais permitem criar vários tipos de perfis de usuário para utilização
do computador. Ou seja, é importante ter em mente que é preciso não operar a
máquina em modo de administração. Para isso, deve-se criar um perfil com acesso
limitado, que não permita instalar programas, ou modificar o sistema. Isso é
uma segurança a mais e todo sistema operacional oferece ferramenta de
gerenciamento de usuários”, ressalta Anderson.
Informações
seguras também no meio online
Do ponto
de vista da segurança das informações na internet, o especialista destaca que
muito das vulnerabilidades provém do comportamento dos usuários, que podem ser
vítimas de ataques, seja por e-mail, ou sites maliciosos. “Na maioria das
vezes, as pessoas acabam ‘colaborando’ para que os seus computadores sejam
invadidos. Em muitos casos, elas recebem e-mails falsos, do seu suposto banco,
por exemplo, pedindo o recadastramento de logins e senhas, ou algo do tipo. Ou,
então, e-mails com links contendo vírus, facilitando a invasão de hackers que
podem, de forma remota, instalar no computador do usuário aplicativos de
monitoramento, revelando tudo que foi digitado no teclado da pessoa, tendo
acesso a senhas e outras informações privadas”, afirma.
Com
relação ao uso da internet, Anderson aconselha que se tenha cuidado com os
conteúdos publicados na rede, pois eles são facilmente replicados, ou seja, as
pessoas que tiveram acesso a fotos, vídeos, ou textos podem facilmente
copiá-los e redistribuí-los. “Deve-se também ter cuidado ao navegar por sites
desconhecidos, pois muito deles podem passar uma pseudosegurança. Nesses casos,
não existe uma forma direta de saber se são seguros. Se fizer uma transação
online, opte por formas de pagamento que estão menos sujeitas a fraudes, como
os boletos bancários, evitando, assim, fornecer informações de cartão de
crédito para vários lugares”, destaca o docente.
Como
medida fundamental em prol da segurança, Anderson aconselha a instalação de um
programa antivírus, cuja base de dados deve sempre estar atualizada, servindo
para monitorar não só a vulnerabilidade do computador, mas também os sites que
são visitados pelos usuários. “Existem bons programas gratuitos que protegem o
seu computador, ajudando, no caso das versões pagas, a fazer uma busca segura
de sites confiáveis na internet. Além disso, esses aplicativos monitoram o
tráfego de correio eletrônico, identificando anexos maliciosos, sendo capazes
de proteger também sua comunicação em rede, caso o usuário tenha uma em casa,
ou no trabalho”, conclui o professor.
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